Olá pessoal, hoje vou falar sobre um questionamento que ouço muito frequentemente em meu consultório: “Dr., eu morro de medo de operar a coluna e não conseguir mais andar. Conheço um amigo que operou e foi parar em cima de uma cadeira de rodas”.
Essa dúvida, pessoal, é muito frequente e bastante justificável. Afinal de contas, é pela coluna que passa nossa medula e nossos “nervos” que se originam no cérebro e enviam suas fibras que serão responsáveis pela movimentação de nossos braços e pernas.
Um acometimento dessa via pode provocar uma perda de força em membros. Isso precisa ser explicado e explicitado ao paciente no termo de consentimento para a realização do procedimento cirúrgico.
Tal risco, no entanto, é extremamente variável, dependendo de caso a caso. Existem acometimentos da medula que apresentam um maior risco, já outros procedimentos, apresentam riscos baixíssimos.
Variáveis como: o tipo de patologia da coluna, ou seja, se é de origem oncológica ou tumoral, se é de origem degenerativa, se é de origem traumática ou inflamatória; o estado do paciente no pré operatório; qual tipo de procedimento a ser realizado, tudo isso influencia se tal procedimento proposto será de maior ou menor risco.
Mas, felizmente, graças aos avanços tecnológicos, estamos tendo disponibilidade de ferramentas cada vez mais confiáveis e que reduzem tais risco de forma muito acentuada.
O respeito ao preceitos de cirurgia segura, a utilização de exames cada mais fidedignos, a magnificação de imagens com uso de microscópios de última geração, a utilização de procedimentos minimamente invasivos, a monitorização neurofisiológica do paciente contínua e em tempo real, tem reduzido sobremaneira o risco de possíveis sequelas no pós operatório.
Ou seja, os riscos são muito menores do que havia há alguns anos e dependem de muitas variáveis, por isso, ele deve ser discutido individualmente e caso a caso com seu médico.
Grande abraço e até a próxima.
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